A partir dos 40 anos, já é indicado o acompanhamento clínico com o médico geriatra, tendo em vista que algumas doenças iniciam de 15 a 20 anos antes de suas manifestações mais graves, como é o caso das  doenças cardiovasculares, como infarto e derrame.

Envelhecer bem é consequência de um estilo de vida saudável e equilibrado; quanto mais cedo iniciarmos, melhor chegaremos a idade mais avançada.

A geriatra é a especialidade médica treinada em identificar as doenças clínicas  mais comuns na população com o passar dos anos. Analisa o paciente como um todo, sua funcionalidade, autonomia, individualidade, valores e não está apenas focado nas doenças.

Pela sua formação em medicina interna (durante 2 anos)  e em geriatria (mais 2 anos) está habituado a manejar as doenças clínicas como diabetes, hipertensão, insuficiência cardíaca, insuficiência renal e problemas pulmonares, doenças neurológicas, demência entre outros. Faz gerenciamento de múltiplos órgãos e sistemas e sabe acompanhar um paciente com diversos problemas de saúde ao mesmo tempo. Irá orientá-lo  a um acompanhamento mais aprofundado com outros especialistas caso seja necessário.

Costuma avaliar de maneira criteriosa todas as medicações em uso, suas indicações e seus efeitos colaterais assim como interações medicamentosas. Não raro, desprecreve medicamentos  que foram indicados ao longo da vida sem uma real benefício naquele momento, evitando a polifarmácia.

Dependerá do enfoque clínico do paciente, porém tenho como rotina usar uma ferramenta de avaliação chamada Avaliação Geriátrica Ampla (AGA):

# Avaliação da funcionalidade (autonomia e independência)

# Avaliação da memória e cognição

# Avaliação do humor

# Risco de queda, mobilidade e marcha

# Avaliação da polifarmácia

# Avaliação de déficits sensoriais

# identifica marcadores de vulnerabilidade

# contexto familiar e social do cuidado e rede de apoio.